Aborto I - algumas reflexões
Como não poderia deixar de ser, aqui ficam uns posts sobre o referendo do próximo dia 11 de Fevereiro.
A pergunta:
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»
Os argumentos e as dúvidas:
O defesa do direito à vida (do feto) ou a defesa da liberdade da mulher ?
A despenalização ou a liberalização ?
Uma questão de consciência ou uma questão política ?
Se o referendo não for vinculativo deve o parlamento aprovar a lei ?
O aborto deverá ser realizado e suportado pelo Serviço Nacional de Saúde?
O custo para o SNS é superior aos custos com o aborto clandestino ?
A liberalização do aborto vai contribuir para diminuir ou acabar com o aborto clandestino ?
Questões interessantes:
O Instituto de Politica Familiar de Espanhã ao comemorar o 20º aniversário da legalização do aborto naquele país, informou que aborto é praticado a cada 6,6 minutos no país, o que a converte na ‘principal causa de mortalidade’ do país.
(ver http://www.ipfe.org/informeaborto19852005.pdf )
Em 2006, a Alemanha aprovou um incentivo à natalidade de 25 mil euros por cada nascimento. Se fosse em Portugal ninguem pensava em abortar.
A frase mais interessante:
"a liberdade é directamente proporcional à responsabilidade individual e ao diminuirmos a segunda estaremos inexoravelmente a abdicar da primeira"
O meu dilema:
Ser a favor da despenalização mas contra a liberalização, o que fazer ? Manter uma lei do qual não concordo ou aprovar uma lei com a qual discordo ? Maldita pergunta, podiam ter sido mais claros ...
Ficam os videos do Marcelo e Louça a contribuir para a confusão.