O estado do nosso país
Estamos perante um dilema grave. É mais do que óbvio que o PS vai ganhar as eleições e evidentemente sem maioria absoluta. É também evidente que não haverá qualquer coligação pós-eleitoral (que só poderia eventualmente acontecer com o CDS). É igualmente claro que o país não está bem e exige medidas de corágem.
Infelizemente José Sócrates já provou que não tem qualquer projecto para o país. São ideias soltas, objectivos que só poderão se concretizar se a economia e o sector privado crescerem, ou seja, afinal qual o papel do estado gastar mais ?. Ontem no debate, na questão da segurança social, ficou bem claro que Sócrates foge às questões incómodas, vai governar no estilo Guterres, se a medida for impopular volta-se atrás.
Lembram-se do fim dos benefícios fiscais, Sócrates a 13 de Janeiro afirmou «Quanto aos benefícios fiscais, o que eu referi foi que haverá estabilidade fiscal. Houve uma decisão para acabar com estes benefícios e de baixar o IRS. Eu na altura fui contra. Mas acho que passado este tempo, o que devemos fazer é lutar para termos estabilidade fiscal, que é muito importante para as famílias e as empresas», ontem para o meu espanto afirmou que no orçamento de 2006 volta a reintroduzir os benefícios fiscais.
Para completar esta tragédia política, temos o Presidente da República que veio ontem dizer que os políticos devem ser altamente preparados e qualificados, ou seja, passa um certificado de incompetência, quer aos actuais governantes, Santana Lopes e Paulo Portas, quer ao próximo primeiro ministro, o Eng José Sócrates, e provavelmente a si mesmo, já que causou toda esta confusão com a dissolução do parlamento, por razões que aparentemente todos conheciam mas que nem ele justificou.
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