Miguel Sousa Tavares 0 - Nacional da Madeira 4

A vingança serve-se fria é o propósito desta carta do leitor Raul Ribeiro publicada no Diário de Notícias da Madeira.
Segue o link e transcrição integral do texto:
http://www.dnoticias.pt/default.asp?file_id=dn010501160305

"A vingança dos "berberes"
Raul Ribeiro

A 21 de Abril de 2004, na sua habitual crónica no jornal "A Bola", Miguel Sousa Tavares, com a costumeira virulência insultuosa, enxovalhou um clube de futebol, uma Região Autónoma e os seus habitantes...
Se bem se lembram os leitores, a propósito de um "Nacional-Porto" disputado na Choupana, um estádio foi chamado de"quintal madeirense", um clube de "equipa sul-americana", os seus adeptos de "rufadores de tambores e mulheres berberes histéricas" e o nosso Bailinho foi catalogado como a pior música do Mundo...
Na altura muitos se insurgiram contra a odiosa verborreia deste eterno enjoado da vida, mas este limitou-se a voltar a verberar com truculência aqueles que, indignados, lhe exigiam respeito.
Especulou-se até que o passado do inditoso cavalheiro esconderia um lamentável episódio de amores frustrados envolvendo uma madeirense, que lhe terá de tal forma marcado o coração (e/ou a testa), que passou desde então a nutrir um ódio compulsivo à Madeira e às suas gentes. Boato ou calúnia, alguma razão deve haver, caso contrário a questão entra no foro patológico, o que também não abona particularmente a favor do indivíduo.
Passado quase um ano, sem que nada o fizesse prever, eis que a vingança foi servida a frio. Por mais secretas esperanças que muitos pudessem ter, por mais maquiavélicos que fossem os mecanismos mentais dos "alvinegros", dificilmente se conseguiria imaginar um quadro tão perfeito.
Senão vejamos:
a "equipa sul-americana e terceiro-mundista" marcou logo aos 4 minutos, por intermédio do madeirense Miguel Fidalgo: Nacional-1 / Sousa Tavares-0; mesmo não podendo contar com o tonitruar ensurdecedor dos "rufadores de tambores" nem com o ulular arrepiante das "mulheres berberes histéricas", Alonso aproveitou o desentendimento de alguns dos brasileiros que o Dragão comprou por atacado, e facturou : Nacional-2 / Sousa Tavares-0; nove escassos minutos mais tarde, o jovem madeirense Nuno Viveiros correu com a bola e bateu o desamparado Baía como quem atravessa um quintal, e PIMBA: Nacional-3 / Sousa Tavares-0; corria o minuto 83 quando se consumou o escândalo – o madeirense Bruno, parecendo embalado pela "pior música do Mundo", deu o último passo deste autêntico Bailinho da Madeira: Nacional-4 / MST-0, e é caso para cantar – Deixa passar/esta linda brincadeira/que a gente vamos marcar/golos de qualquer maneira... Hei.
Quem sabe se esta derrota histórica não irá inspirar o Dr. Sousa Tavares a escrever um novo romance. Sugiro-lhe o título: "É cu a dor"...
As melhoras..."


Moral da história: não cuspir para o ar como fez o "enjoado da vida" Miguel Sousa Tavares!
Que escreverá ele na sua crónica semanal acerca da derrota com o Nacional e eliminação com o Inter?