quinta-feira, março 10, 2005

A importância dos EUA

Por alguma razão existe na grande maioria dos europeus um sentimento anti-americano. Note-se que não é simplesmente um sentimento anti administração Bush, mas contra os próprios americanos, contra os produtos americanos, contra a influência americana, contra o modo de vida americano.
O que é estranho nisto, é que os americanos não são mas do que europeus emigrados. Mas o que faz então dos americanos seres tão diferentes dos europeus. Será pelo facto dos primeiros colonizadores no Novo Mundo, serem homens das classes média baixa, pelo facto de ser uma nação que nasceu com princípios democráticos, ao contrário da Europa velha e aristocrática, que continua presa aos resquícios dos regimes políticos, que reinaram, e vigoraram durante séculos. Será pelo facto dos europeus terem inveja do sucesso dos primos emigrados. As razões poderão ser as mais variadas, mas o que é inegável é que os EUA são a nação mais importante a mais influente do mundo.

Muito se criticou a intervenção militar dos EUA no Iraque, por ter sido feita à margem do direito internacional, por tido sido iniciada por motivos não comprovados, por ter como único objectivo controlar o petróleo do médio oriente.
Quem vive em democracia aceita certos direitos básicos como desde sempre adquiridos, esquecendo que ainda hoje existem certos países com ditaduras autoritárias e regimes religiosos, quer no Médio Oriente, quer em África, onde são violados diariamente os direitos elementares de qualquer ser humano. Ainda recentemente comemoramos a Dia Internacional da Mulher, e esquecemos como são tratadas as mulheres em certos regimes. Nestes países existe uma minoria que esmaga toda a população, negando-lhes a liberdade religiosa e política, o direito ao ensino à cultura ou à informação. Perante tamanhas barbaridades ainda vejo certas pessoas a defenderem tais regimes dizendo que se trata de tradições seculares que devem ser defendidas (alguns desses depois defendem posições como o direito ao aborto ou o casamento entre homossexuais).
As intervenções militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, vão permitir que os povos desses países possam pela primeira vez na sua história eleger livremente os seus representantes. O certo é que a democracia vai levar algum tempo a criar tradições nestes países, mas estes exemplos são motivadores para todos os outros países sem liberdade. No Egipto as manifestações de rua, pedindo democracia levaram o chefe da nação a anunciar que irá realizar mudanças políticas. No Líbano o povo insurgiu-se contra a ocupação da Síria. Na Palestina tivemos eleições em Ramallah e abriu-se negociações com Israel.
Os casos do Afeganistão e do Iraque são sinais claros para os povos oprimidos, que começam a perceber que existem outros caminhos possíveis.
Durante o Império Romano, muitos dos povos subjugados, deviam odiar os romanos. Nós agora olhamos para a história e reconhecemos a sua importância. Por isso, devemos ser mais cautelosos na forma como olhamos os EUA. Se não fosse os Americanos na 2ª Guerra Mundial, não sei o que seria da Europa.
Talvez a intervenção americana no Iraque, venha a ser um marco da liberdade e democracia em muitos países. Nunca sabemos como certos factos ficam para a história.